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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
A relvinha que ainda não cresceu
Sintético: por definição algo que se limita ao essencial desprezando o acessório; o que resulta de uma síntese.
Quando se atenta na definição do conceito supra percebe-se que nada tem que ver com a realidade quando o colocamos à frente de relvados visto, claro está, o caso concreto do concelho de Braga
Os relvados sintéticos que proliferaram nos últimos tempos pelo concelho de Braga nada tem de essencial nem de resumido, pelo contrário, são bastante acessórios e extensos.
São acessórios porque o essencial para uma cidade é ter uma rede de água e saneamento totalmente completa, ter uma estrutura social capaz de responder às carências dos mais necessitados, uma rede de transportes urbanos que sirva bem os munícipes, uma polícia municipal que esteja ao serviço das populações, um verdadeiro parque da cidade…
São extensos, porque o valor e o tempo que vão ser gastos para os pagar são demasiadamente elevados para poder compensar o benefício. São cerca de quinhentos mil euros por cada pedaço de relva…
O problema dos sintéticos é ainda mais gravoso para aqueles que antes das eleições ainda tinham um campo de futebol para jogar e que neste momento nada têm, como é o caso de Panóias, Lomar, Este S. Pedro e Este S. Mamede. O executivo municipal não se limitou a não cumprir a promessa como cortou por completo a possibilidade de os clubes utilizadores destas instalações usufruírem das mesmas. As obras de remodelação dos parques desportivos destas equipas iniciaram-se antes de Outubro de 2009 e neste momento estão paradas. O que significa que há mais de um ano que as instituições que beneficiam destes espaços não têm casa.
Estes clubes ainda chegaram a reunir e a fazer alguns comunicados para a imprensa que obtiveram alguns resultados. A Câmara Municipal demonstrou alguma abertura para o diálogo, mas logo que algumas das vozes se foram calando o grupo perdeu força e esmoreceu.
Além dos milhares de euros que foram, são e serão gastos neste acessório eleitoralista demasiado extenso, parece haver uns que são filhos e outros enteados. Ainda ninguém se deu ao trabalho de explicar que fundadas razões estiveram na escolha das obras que começaram e se fizeram primeiro. Ainda ninguém explicou quando as restantes obras terminarão. Ainda ninguém teve a sensatez de dizer, como se calhar se justifica, não há dinheiro para tamanho disparate que foi a decisão de gastar milhões em relva… sintética.
A relva que Braga precisa não é essa. Esta não é uma política coerente e que vá ao encontro das reais necessidades das populações. Esta é a política da demagogia e do foguetório. E para essa os Bracarenses não devem voltar a dar: nem voto, nem confiança!
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Texto de Alex Prata
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