A minha Lista de blogues

Com tecnologia do Blogger.

Seguidores

quinta-feira, 10 de março de 2011

JSD - sobre a manifestação da Geração à Rasca



O desalento e a falta de esperança da juventude são compreendidos pela JSD, que reconhece o facto de, hoje, ser difícil para um jovem construir um projecto de vida, independentemente do seu conhecimento, capacidade, determinação ou inteligência.

É hoje consensual que a última década foi um período em que Portugal definhou, em que a economia Portuguesa praticamente faliu, onde o clima de confiança gelou de dia para dia, e onde as perspectivas de vida caminharam de poucas a nenhumas; em especial para as gerações mais jovens.

A desigualdade social que se vive em Portugal afecta as gerações mais jovens de uma forma dura e sem precedentes nos últimos 30 anos, o que motiva a que a juventude encontre na emigração a única alternativa; esgotando assim os últimos laços afectivos que mantinham com o seu País; facto profundamente preocupante!
Um País que trata mal a juventude, não pode esperar que esta responda afirmativamente aos desafios que o País lhe coloca!
Apesar de os níveis de conforto serem elevados, em especial se compararmos com a qualidade de vida de gerações anteriores, as expectativas são claramente inferiores, o que leva a que o futuro das próximas gerações seja, pela primeira vez, inferior ao das gerações que nos antecederam!

Por isto, os Portugueses nunca viveram tão bem, sentindo-se ao mesmo tempo tão mal!

Portugal é hoje um Estado, com lideranças políticas, organizacionais e sociais, paternalista, que fala aos jovens do alto do seu pedestal, no conforto dos seus direitos adquiridos.
Estas lideranças, falam aos jovens sublinhando os sacrifícios que estes têm de fazer, fruto dos tempos e das fragilidades da economia, com a hipocrisia de quem usa a facilidade de falar, sendo que serão os mais jovens quem terá de suportar tais sacrifícios.
Esta actuação promove apenas um conflituo geracional, que para a geração mais qualificada de sempre em Portugal, a Geração Erasmus, low cost, telemóvel e internet, não é mais aceitável, e por isso, agora se manifesta.

A geração à rasca não permite mais que o esforço que lhe está a ser exigido para suportar a crise que o País atravessa - fruto de anos de má Governação e Liderança e que se materializa no acesso ao mercado de trabalho, na construção de um projecto de vida, no direito a constituir família, no acesso à habitação ou formação - continue a ser suportado em exclusivo pelos jovens, num país onde uns têm todos os direitos e outros não têm direitos nenhuns!

Contudo, a JSD acredita no potencial do País, em especial no potencial de uma nova geração, que quer ser mais competente, mais capaz, mais solidária, com mais consciência social, empenhada em movimentos de cidadania e participação cívica, que faz voluntariado, que tem méritos desportivos, que luta, estuda e se dedica, dia a dia, ultrapassando difíceis desafios, para carregar o peso de um país desacreditado!

Assim, a JSD acredita que a Sociedade portuguesa conhecerá novas lideranças a curto prazo, impulsionadas e motivadas por uma manifestação que tornará claro que há uma nova geração com energia positiva em Portugal, que partilha dos mesmos valores e que vai construir um Novo Portugal, para que “Portugal não seja mais isto, pois Portugal não tem que ser isto!”.

A JSD regista com agrado a iniciativa espontânea de um grupo de jovens que resolveram organizar este protesto, fazendo ouvir a sua voz e mobilizando toda uma geração para este combate que também é o nosso.
Os jovens da JSD vão também participar na manifestação da Geração à Rasca, pois partilham da consciência social de muitos dos que Sábado farão valer a sua posição, afirmando a importância dos jovens e apelando a que as lideranças do País se façam com esta energia e determinação.
Para Duarte Marques, Presidente da JSD: “A situação em que o País se encontra, não fomos nós, os jovens, que a criámos, mas teremos de ser nós, os jovens a resolver!”

“A JSD não pode deixar de se associar aos cerca de 300.000 desempregados entre os 15 e os 34 anos, (46% dos 619 mil desempregados) que não têm uma oportunidade de trabalho para demonstrar as suas capacidades e competências, nem pode deixar de estar solidária com as mais de 190 mil pessoas diplomadas que possuem um vínculo precário (contratos a termo ou os falsos recibos verdes) e que não têm garantias quanto ao seu futuro. È por estas 500.000 pessoas, entre desempregados e em situação precária que a JSD participa activamente numa manifestação em defesa das causas da juventude Portuguesa”

1 comentários:

menvp disse...

Não é só pagar as dívidas que os governos fazem/deixam...
A «democracia directa» não é solução... mas votar não é passar um 'cheque em branco'!!!!!!
Quem paga - vulgo CONTRIBUINTE - deve possuir o Direito à Transparência e o Direito ao Veto das despesas não consideradas prioritárias...

PELO DIREITO AO VETO DE QUEM PAGA (vulgo contribuinte) blog: Fim da Cidadania Infantil.